24 de ago. de 2011

Bárbara Eugênia com todo seu encanto e epifanias



Bárbara Eugênia por Xico Sá


Não, amigo(a), para o bem ou para o mal, Bárbara Eugênia não é uma cantora/compositora “fofa” nem fez um disco idem. O mais fácil e confortável dos adjetivos da safra não lhe cabe, murmuro, digo, redundo, aposto, carimbo, cutuco: “Journal de BAD” vai além muito além, é disco grande.
Guardemos a tentação ou ideia de fofura no bolso ou no palato. Fichas na jukebox, moedas na radiola, prepare seu espírito flamejante para um trilha passional capaz de reacender, num curto-circuito, todos os corações de néon da cidade, esquinas, fachadas, motéis, lares, cabarés, tudo muito romântico.


Não obrigatoriamente um(a) cantor(a) se parece mais verdadeiro(a) quando interpreta e masca os seus próprios vocábulos, caso da maioria das faixas deste disco. Bárbara Eugênia, carioca que vive em São Paulo cercada de gente do mundo todo, se parece sim, crença nas suas composições, como quem acorda, pega a trilha de sonhos e submete ao assobio do namoro novo ou afoga tudo na quentura da manteiga que derrete nos cafés das manhãs.


Conheci o “Journal de BAD”, com este mesmo título, ainda como uma espécie de newsletter afetiva distribuída por Bárbara Eugênia aos amigos e conhecidos. Aí está a origem do batismo. É o que este CD reverbera com seus arrastões de epifanias e encantos.

Por Xico Sá













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