3 de ago. de 2011

A bicicleta como uma revolução silenciosa?



O que afinal há por trás das bicicletas além do lazer e do transporte?





Muita gente boa tem dito por aí que esta é a maior transição que o mundo já viveu. Entenda-se por transição um período em que nada mais é como costumava ser, mas ainda não ficou como será. Aliás, talvez nunca mais fique. Pelo menos de modo que remotamente lembre os períodos estáveis do passado, em que o estabelecido se mantinha imóvel por algum tempo. Isso posto, vale analisar o que há de bom neste momento maluco em que estamos metidos.

Leveza, inteligência, economia, sustentabilidade, agilidade, custo baixo, saúde, eficiência, alto nível de socialização, baixíssimo impacto ambiental...

Esses atributos cada vez mais perseguidos por gente de bom-senso, mas que ainda costumam ser associados por muitos a utopias inalcançáveis, podem estar todos contidos num objeto pequeno e frágil, mas dotado de poderes absolutamente revolucionários.

O que afinal há por trás das bicicletas além do lazer e do transporte? Como pessoas e comunidades diferentes têm tirado proveito dessa invenção tão simples quanto brilhante? Seria a bicicleta a arma principal desta revolução suave que vem alterando a maneira de o mundo tratar a noção de desenvolvimento humano e rever os caminhos possíveis para a evolução dos grandes aglomerados urbanos? Não há dúvida de que o assunto merece ser tratado com seriedade e com muita atenção.

 Se soa ingênuo acreditar que a bicicleta pode ser a panaceia universal que virá ajustar o planeta e recolocá-lo no eixo, também não parece razoável continuarmos medindo o desenvolvimento de nações pelo número de carros novos que conseguem jogar nas ruas, nem seguir construindo cidades feitas exclusivamente para abrigar bolas de aço motorizadas que levam cidadãos de um shopping a outro.

Paulo Anis Lima, editor Revista Trip

























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